quinta-feira, 27 de maio de 2010

Locomotiva em PoA

Não sei de onde vieram forças para o sprint final, na chegada da maratona. Talvez o apoio da galera.

O fotógrafo da midiasport foi muito feliz na sequência dos cliques.


O de preto era cachorro morto, e o de verde tentou em vão embarrerar a ultrapassagem fazendo parede. Após cotoveladas, mandei um foi mal, e rumei em direção ao triunfo, deixando poeira para eles e outros que ainda consegui ultrapassar.

Chegar em sprint é a cereja do bolo.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Maratona de Porto Alegre

Era 19 de janeiro de 2010, me recuperava de uma cirurgia e ainda não havia iniciado a preparação para a Maratona de Porto Alegre. No blog do Júlio encontro a inspiração na citação de seu post, da autoria de Dean Karnazes: "A maratona arranca sem dó as camadas externas de nossas defesas e deixa o humano cru, vulnerável e nu. É aqui que se vislumbra a alma de um indivíduo". Não restava dúvida de que essa seria a emoção a ser vivenciada no primeiro semestre.

E o dia para isso chegou, Porto Alegre, 23 de maio de 2010. Prova mãe do atletismo e o maior desafio de minha curta carreira de atleta amador. E na impossibilidade de compartilhar esse momento especial na companhia da família, nada melhor do que estar cercado de amigos. 

Ésio, Eu, Namiuti e Guilherme Maio

Encontro com os amigos da equipe Baleias, Silvio e Monteiro (the Rock), descaracterizados e tristes por não envargarem o manto coral (auditaremos os Correios pela falha na entrega do Sedex). Pergunto pelo quarto elemento da equipe  (Tinil) para deixarmos registrado uma foto. Saímos em busca do atleta veloz, o Baleia  de elite, e desconfiava que estivesse alinhado ao pelotão dos feras, pois não o encontramos e conseguimos perder Silvio e Monteiro de vista, de modo que a foto da equipe, nem por montagem foi concretizada.

Na fila do guarda-volume, Guilherme faz uma surpresa aos cariocas, mostrando que veio a Maratona vestido a caráter, como um autêntico sofredor e chorão de primeira linha. A julgar pelos trajes, já sabia que seria barbada e que o amigo perderia para mim por estar com um manto tão pesado e sofrido.


Alinhados para largar, encontramos o mestre e Guru Ivo Cantor, em foto de autoria de sua esposa Marly.


Guilherme, eu, Lucélio, Namiuit e Ivo

Dada a largada, saímos na companhia dos amigos Namiuti e Guilherme, tentando repetir a edição do Paredon por ocasião dos 25k da maratona de SP em 2009, onde escoltamos o amigo Namiuti em sua maratona até aquela distância. O tempo estava indeciso, mas bem agradável para correr. Minha estratégia era dividir a prova em 3 trechos de 14km. No primeiro tentaria uma média de 6min/km, no segundo trecho 6,30 e no último, tentar chegar vivo.

Consegui ficar focado a prova inteira, os quilômetros passavam rápidos que nem percebia. Já pelo quilômetro sete, Guilherme nos abandona e segue em pace menos conservador, literalmente sobrando. A hidratação perfeita e conforme anunciada pela organização nos deixou tranquilo para a estratégia previamente estabelecida.

Passamos no km 10 um pouco acima de 1h de prova, o que deu confiança para continuar como planejado. No km 12 avistamos Paulo Picanha, do Recife, que estava num pace semelhante, e que serviria de coelho para os próximos quilômetros. No quilômetro 13 um imprevisto com o Namiuti o fez reduzir o passo, e perdemos o coelho de vista. No 14 recebo a má notícia que deveria seguir sozinho, pois ele iria reduzir em virtude de problemas na virilha. Aumento o ritmo em busca do coelho fujão, e uma perseguição implacável se dá do km 15 em diante. Picanha, ao observar meu apetite por carne de primeira, fica visivelmente preocupado por perder para um calouro. Passo, sou ultrapassado, passo novamente e no quilômetro 17, ele pára no posto de isotônico e quase não deixa copinhos para os demais corredores, estava sentindo o drama. Eu que não nasci ontem, prefiro ficar atrás na perseguição a ficar na frente e ter que ficar olhando para trás preocupado. Deixei o amigo passar novamente, para ganhar uma moral, e fiquei administrando a distância.

Na passagem da meia, Picanha entrega os pontos e diz que estava brabo continuar. Esse já estava no papo então. Olho para o outro lado da pista, vejo o colega de equipe Monteiro, visivelmente abalado e sendo escoltado por uma corredora. Seria ele o próximo coelho a ser perseguido. Não consegui emparelhar com ele, acredito que tenha desistido por ali, por seu nome não constar entre os concluintes. Monteirão, dá notícias ai pra gente do que houve, e como está passando.

O próximo coelho que apareceu foi o Hideaki, esse dispensa apresentação. Tinha ordens expressas do CBO para vencê-lo, o que achei muito ousado da parte do Miguel, mas não custava nada, e tivemos uma boa disputa do km 23 ao 32. Eu vinha na toada, o passava, e ele disparava em minha frente para em seguida caminhar até me aproximar novamente, passá-lo e ser por ele ultrapassado. Nesse trecho Hideaki treinava fartlek em plena maratona. Eu subia o Guaíba, e já voltavam monstros como Tinil, Júlio e Silvio. Saudei todos com sorriso na face. A disputa com Hideaki continuava, mas todos conhecem sua técnica a partir do km 33, é implacável e matador. A partir dali, o Japa sumiu do campo de visão e seguiu para o triunfo (foi por pouco Miguel, apenas 9 minutos).

O muro não chegou nos trinta. Mas no km 33 tive outra alegria. Vejo um careca, com blusa do botafogo caminhando...não é do meu feitio chutar cachorro morto. Comecei a cantar "ninguém cala, esse xororôooo". Guilherme se animou, e convidei para vir trotando comigo, pois naquela área da prova, era arriscado vir acima de 6:30 por km, pois ainda tinha encrenca pela frente. Vento contra, subidinhas e um muro ou urso a qualquer momento. Viemos juntos, no 35 Guilherme me deixa para trás, mas logo em seguida volta a caminhar...levanta a bandeira branca e entrega os pontos (na próxima, troca a camisa amigo, venha com a do América, que é amado por todos). Nesse pequeno trecho que ficamos juntos, nunca vi tanto amor e ódio ao fogão. Acho que o Guilherme nunca recebeu tantos elogios e impropérios em uma prova.

Do 37 em diante, são os cinco quilômetros mais distantes que existem. Para piorar, faltou isotônico no posto, mas tinha gelo. Sol pegando fogo, não tive dúvidas, lembrei do xará que colocou gelo no boné e fiz o mesmo para resfriar o radiador. No km 40 o último posto de hidratação, e agora erá só administrar. Ir junto com todos que estavam por ali. Torcia para aparecer alguém conhecido e me rebocar, mas nada, era vitória solitária mesmo.

Daria para tentar buscar um sub 4:30 pois passei no km 40 com 4:18 mas não valeria a pena. Preferi continuar um pouco acima dos 7min por km e chegar inteiro e sorrindo. Ainda consegui forças para um sprint final, ultrapassando todos que estavam na frente e chegando sozinho, com 4h32min de prova.

Chorei, agradeci a Deus, pensei muito em minha esposa e filha (dedico isso a vocês) e fui buscar o medalhão.

Organização impecável, parabéns a Corpa pela excelente prova.

Como um feito desse pode ser sorte de iniciante e nunca mais se repetir, deixo aqui registrado a vitória sobre Namiuti, Guilherme Maio e Paulo Picanha. E Parabenizo Hideaki pela vitória.

Gostei desse negócio de maratona e daqui a menos de dois meses estamos na Maratona do RJ, dessa vez o objetivo é vencer Miguel Delgado.

Até lá.

domingo, 23 de maio de 2010

#MaraPoA2010 completed

Foi uma bela estréia, em todos os sentidos.
Passo aqui só para dizer que terminei bem, inteiraço, sem andar 1m sequer, fechando a corrida em 4:32 (no meu relógio, ainda não saiu o oficial).

O relato detalhado sai durante a semana.

Obrigado a todos pelas boas vibrações.


sábado, 22 de maio de 2010

Almoço da Confraria Esportiva

Ao passar pela praça da Alfândega, indo em direção ao mercado público para pegar a condução que me levaria as proximidades da loja da entrega do kit, eis que avisto Ivo Cantor e sua esposa Marly registrando fotos pela cidade.


 

Satisfação rever o casal amigo, trocar conversas e ser acompanhado por eles até o ponto do ônibus.

Trânsito sem problemas e em pouco tempo estava no shopping Iguatemi, pertinho da entrega dos kits. Como havia profetizado JC no dia anterior, foi complicado retirar o kit no dia de hoje. Muita fila e poucas pessoas para atender em virtude do pequeno espaço para a retirada do mesmo. Terão que rever isso para a próxima edição. Ali encontro os amigos do Recife (Júlio Pessoa, Ésio e Paulo Picanha), e mais tarde os amigos Baleias (Tinil, Monteiro e Silvio). Falha nossa não registrar o primeiro encontro.

Em seguida, a simpática Mirta Doldan, organizadora da maratona do bicentenário do Paraguai, apareceu cativando a todos com sua simpatia. Intimou todos os presentes a se inscreverem na maratona, que será um evento imperdível. Fiquei balançado em ir, vamos ver como isso continua amanhã. Nos presenteou com uma camisa do evento. O Júlio perguntou se a camisa tinha "medo de bufa". Traduzindo: se na primeira lavada ela encolhe e fica aparecendo o cofrinho. Figuraça!

A turma ali reunida parte para o almoço organizado pela Stephanie Perrone, e eu volto a fila dos kits para procurar o amigo Namiuti. Ele que me encontra, dizendo que não daria para comparecer ao almoço. Me dirijo para lá, e fui acolhido pela ACORJA do Recife.

Júlio, eu, Ésio e Paulo Picanha

Ter a companhia desses amigos é garantia de muitos risos. O almoço foi bem legal, teve brindes, sorteio e muitos risos. Como pode eu não reconhecer e falar com os twittersrunners!! Ganharei o Oscar do cúmulo da vacilação. E os demais amigos Baleias, onde estavam??? Miguel, esse é um caso para você desvendar.

Depois do almoço, passeio no shopping. Não achei salutar atrapalhar o cineminha do Paulo e do Júlio, poderia cortar o clima, e voltei com o Ésio para o centro da cidade.

Daqui a pouco, rola o jantar de massas. Mais diversão a vista. Até breve.

Amanhece Lindo

Manhã de sábado linda em PoA, sol prometendo esquentar e céu de brigadeiro. Previsão de máxima em 24 graus (clima de montanha para cariocas).

No café da manhã, muitos corredores hospedados no hotel. Sento com uma turma de Brasilia para a troca de impressões. Deixo registrada minha homenagem à sede mundial da equipe Baleias, saboreando alguns pães de queijo, seguidos de doce de leite com minas.

Assunto descambou para o desafio das 6 maratonas, falando da dificuldade de encarar RJ e na semana seguinte Brasilia. Disse a eles que tem gente encarando Bombinhas hoje e PoA amanhã (isso é para poucos MM).

Mochila vazia, hora de começar a rodar pelo centro, e conseguir chegar ao local do almoço da galera blogueira.

Até breve.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Em PoA

Segue informações do corresponde Baleias nos Pampas. Já estou em solos gaúchos desde às 13:30.

Ao chegar no aeroporto, encontro com o pessoal da Corpa, organizadora da Maratona de PoA, que disponibilizou gratuitamente para os atletas, o transporte do aeroporto para a loja onde era feita a retirada do kit, bem como o retorno da loja para o Hotel. Nesse quesito, a organização começou dando um show.

No aeroporto, o primeiro corredor que encontro era da cidade de Santos. Lembrei do Marildão e equipe. Pena que o cara não conhecia a equipe dos 4corredores. 

Concordo com a opinião do JC referente ao lugar da retirada do kit. Hoje foi tranquilo para retirar, até porque éramos poucos dentro da loja, mas amanhã, tudo indica que será um exercício de paciência. Valeu pelo citytour digrátis proporcionado pela Corpa.

De volta ao hotel, esvaziei a mochila e parti para peregrinação a pé pelo centro da cidade. PoA é atraente, e a primeira impressão foi muito boa. Trânsito excelente (comparados com RJ e SP). Arquitetura interessante (ter arquitetos na família tem suas (des)vantagens. Você vê a cidade pelo alto, imagina a história, mas fica com torcicolo, e o povo deve achar que você é de outro planeta.

Vista da janela do hotel para a Catedral

O primeiro local visitado foi a catedral da cidade, da janela do hotel a vejo, imponente. Com a proteção dos santos, visito o teatro São Pedro, tomo o primeiro café no RS, e vou manter a escrita e visitar o mercado municipal.

Teatro São Pedro

Antes de lá chegar, passo num Subway para manter outra escrita (na prova da garoto foi assim também, lembra Massa?) 30cm de sanduba desceram muito bem.

Chegando ao mercado, compro 1kg de erva (Harry indicou tertúlia, não esqueci camarada), cuia, e o chima da noite está garantido. Mais café, dessa vez não resisti e pedi para moer 1/2 kg para trazer de recordação do café do mercado. Ao passar numa banca de doces, algumas provas, e mais uma aquisição. Nesse ponto a mochila já está bem cheia. Não achei a banca 23, onde serviria nata com morango, mas achei uma salada de frutas com sorvete que também desceu muito bem. De barriga forrada, tome andar pela cidade para queimar essas aquisições.

 Mercado Público

Estava programado um trote no parque redenção, mas achei melhor continuar batendo pernas e conhecendo o centro. Passei pela Casa de Cultura Mário Quintana, afinal, Baleias é poesia, eles passarão e eu passarinho, e sempre que possível homenageamos o amigo Ivo Cantor. Vou ao beco dos livros, vários sebos reunidos em uma rua e saio com uma raridade nas mãos. Em seguida, museu de artes do RS e mais um cafezinho.

Salve Quintana

Ficou faltando conhecer o Guaíba, que só vi de longe...mas amanhã é outro dia. Chegada dos amigos de SP, dos amigos da equipe Baleias, almoço da Stéphanie, bateção de bernas, jantar de massar e por ai vai. Até amanhã.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Com Maria

Ontem, numa ocasião especial, a música de fundo era Maria Maria, de Milton Nascimento e Fernando Brand (salve terra Baleias).

Não é que dá um bom estímulo para focar...
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria

Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida....

E olha que até o urubu malandro do Ivo é homenageado...

Mas é preciso ter manha (precisa dizer mais?)
É preciso ter graça (língua dentro da boca conforme reza a técnica)

Enfim... dor, fé, alegria, em PoA vamos com Maria.

sábado, 15 de maio de 2010

Palavras do CBO

Escondido nos comentários, nosso CBO (Chief Baleias Officer) Miguel Delgado, deixou palavras da filosofia Baleias..."Corremos maratonas com a cabeça, treinamos o corpo para não atrapalhar muito."

A julgar por aí, estou preparado.

Agradeço aos amigos o apoio, forças e boas vibrações para o sucesso na empreitada.

Reta final.

 

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Testdrive: Meia Lorpen

Salve meia dúzia de leitores! Desculpe o desrespeito com vocês pelo sumiço.

Recebi da Proativa as meias Lorpen para fazer um teste de campo. Quando abri o pacote fiquei com receio que elas serviriam para correr, pois achei, num primeiro momento, muito grossa.

O receio virou prazer e confiança já no primeiro quilômetro. Como a bicha segura bem o pé. Aprovadíssima! Será com ela que irei estreiar na maratona dia 23.

Realmente a meia faz o que prega sua propaganda: amortecimento, controle de umidade e compressão adequada.

Como diria o caceta: "eu recomendiooo".