Segundo a Wikipedia, James Cleveland "Jesse" Owens foi um atleta e líder civil afro-americano. Ele participou nos Jogos Olímpicos de 1936 em Berlim, Alemanha, onde se tornou conhecido mundialmente por ganhar quatro medalhas de ouro nos 100 e 200 m rasos, no salto em distância e no revezamento 4x100 m.
Deixou o favorito alemão Lutz Long no chinelo e pôs por terra a utopia de Hitler com relação a superioridade da raça ariana. Hitler negou apertar sua mão, cumprimentando-o pelo feito, retirando-se do estádio.
Esse episódio é lembrado com a pureza e ingenuidade de um jovem alemão, no livro "A menina que roubava livros".
A resenha abaixo resume bem a obra: "Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler".
Há obras literárias que são únicas. Conseguindo prender atenção ao mesmo tempo em que nos faz vaguear pelos cenários descritos em suas páginas. É desse tipo literatura que A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak, faz parte.
Ambientado numa pequena cidade alemã, durante a Segunda Guerra Mundial, o romance tem como narradora uma figura muito comum nas guerras: A Morte. Sim, a morte tratada como uma entidade, com suas vontades e pensamentos autênticos. Esse narrador surreal põe um traço singular à história e a cobre de suspense.
Liesel Meminger é uma menina alemã, mais uma vítima do terror iminente que pouco a pouco modifica a realidade da sua vida juvenil. O ambiente de guerra, a inocência dia a dia se esvaindo. Morte de parentes, de amigos… As descobertas, os sonhos… Toda essa mistura de valores e degradação humana faz com que a história tenha um peso reflexivo do início ao fim. Porém enganam-se quem pensar que o romance é trágico e triste… Os elementos são trabalhados de uma forma brilhante onde há leveza, graça e até traços de bom-humor surgem no decorrer da trama.
Uma viagem por ruas da Alemanha nazista onde ao invés de vermos um povo racista e fiel ao nazismo, há um povo simples e comum que nem mesmo entendia o porquê da Guerra. Que não entendiam os “valores” que o Führer pregava. Contrastando com a propaganda anti-alemã feita pelos Aliados onde todo o povo alemão aparecia como nazistas que odiavam judeus.
A menina simples que tentava manter-se alheia aos acontecimentos trágicos, buscando nos seus “furtos bibliotecários”, uma prática que aliviava o espírito. O flerte diário da morte que nos paralisa sob a questão: Será que dessa vez Liesel será levada?
Enfim, é uma obra que vale a pena não apenas aos que se interessam pelo tema Segunda Guerra Mundial, mas à todos que apreciam uma leitura sadia e emocionante.
Aos que amam o tema, com certeza serão presenteados por vários detalhes históricos, como cenários, o povo, o pensamento popular, as divergências de pensamentos sobre o nazismo.
Terminei a leitura e recomendo a vocês. Um dos link do livro com as corridas está com Jesse Owens ;) existem outros...confiram.